Negros e negras dividem o mesmo espaço e convivem com os Açoites e a violência praticada pelo o Homem Branco.
É introduzido no espetáculo a Questão Religiosa e os Cultos aos Orixás mais Conhecidos...
Ainda Ganha espaço a Literatura e músicas que Traduzem a Alma Negra e o Sonho de Liberdade de um povo.
Era um sonho dantesco... o tombadilho,
Tinir de ferros... estalar do açoite...
Legiões de homens negros como a noite,
Horrendos a dançar...
Negras mulheres, levantando às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães: Outras, moças... mas nuas, assustadas,
No turbilhão de espectros arrastadas,
Em ânsia e mágoa vãs. |
Quem são estes desgraçados Que não encontram em vós Mais que o rir calmo da turba |
Da etérea plaga Levantai-vos, heróis do Novo Mundo... Andrada! arranca este pendão dos ares! Colombo! fecha a porta de teus mares! |
Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!... ...Mas é infâmia demais... |
São os guerreiros ousados, Que com os tigres mosqueados Combatem na solidão... Homens simples, fortes, bravos... Hoje míseros escravos Sem ar, sem luz, sem razão... |
Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, |
Ó mar, por que não apagas de tuas vagas De teu manto este borrão? Astros! noite! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão!... |
Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade Tanto horror perante os céus... |
São os filhos do deserto Onde a terra esposa a luz. Onde voa em campo aberto A tribo dos homens nus... |
Um de raiva delira, outro enlouquece... Outro, que de martírios embrutece, chora e dança, ali. |
ESPETÁCULO ESTREADO DIA 10/11/2012 EM ~IBITIRANGA~